quinta-feira, 19 de março de 2015

Após bater R$ 3,30, dólar sobe com força de olho em noticiário político

Alta acompanha recuperação no mercado externo e tensão no Congresso.
Moeda renovou máxima em quase 12 anos após declaração de Dilma.


Do G1, em São Paulo
O dólar opera em forte alta nesta quinta-feira (19), após ter batido a barreira de R$ 3,30 mais cedo. A cotação anulou a queda dos últimos três dias, acompanhando a recuperação no exterior e refletindo as renovadas preocupações com a crise local na base governista, com o novo ingrediente da saída de Cid Gomes do Ministério da Educação.

Por volta das 15h30, a moeda norte-americana avançava 2,67%, a R$ 3,30 na venda, renovando as máximas em quase 12 anos, após a presidente Dilma Rousseff negar que fará uma reforma ministerial. O mercado reage ao tom de cautela adotado pelo Federal Reserve em seu comunicado de política monetária. Veja cotação.

"O rali de moedas emergentes após a conclusão da reunião do Fed de ontem se provou pouco duradouro", escreveram analistas da Capital Economics em nota a clientes.

Nesta manhã, o euro caía quase 2% contra o dólar nesta sessão, após mostrar na véspera o maior avanço desde março de 2009. O movimento da sessão passada aconteceu após o Fed reduzir suas projeções de crescimento, inflação e juros, alimentando apostas de que os juros norte-americanos continuarão quase zerados até o segundo semestre.

No quadro interno, os atritos entre o governo e seus aliados no Congresso continuavam deixando INVESTIDORES apreensivos, uma vez que podem dificultar ainda mais o ajuste fiscal.
Na véspera, Cid Gomes pediu demissão do cargo de ministro da Educação depois de uma sessão tumultuada na Câmara dos Deputados, para evitar que a já complicada relação do governo com a base aliada se tornasse ainda pior.

"O custo político de fazer o ajuste está cada vez mais alto e o mercado não gosta disso", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

Nesta manhã, a autoridade monetária deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a 97,4 milhões de dólares. Foram vendidos 250 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.750 para 1º de março de 2016.
O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou cerca de 46% do lote total.
Na quarta-feira (18), a moeda norte-americana caiu pelo 3º dia consecutivo e terminou o pregão negociada a R$ 3,2141, em baixa de 0,52%. Na máxima da sessão, a divisa subiu 1,54%, a R$ 3,2809.

terça-feira, 16 de julho de 2013

Dólar fecha em alta nesta terça-feira, no patamar de R$ 2,25

Dólar fechou cotado a R$ 2,2544, em alta de 1,35%

DO G1
Depois de recuar quase 2% na véspera, o dólar comercial voltou a subir nesta terça-feira (16), anulando boa parte da desvalorização da sessão anterior.

A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,2544, em alta de 1,35% - o maior ganho diário desde 29 de junho, quando a divisa norte-americana subiu 1,63%. Veja a cotação

Na segunda-feira, o dólar registrou a maior desvalorização em mais de um ano. A moeda caiu 1,88%, a R$ 2,2243 na venda.

A desconfiança com a saúde da economia brasileira levou investidores a retirarem capital do país nesta sessão, fazendo com que a moeda norte-americana tivesse um comportamento descolado do exterior.

O volume de negócios ficou levemente abaixo US$ 1,4 bilhão, de acordo com dados da BM&F, nesta sessão, cujo início foi marcado pela queda do dólar, chegando à mínima de R$ 2,2075.

"Hoje a moeda está reagindo à reação exagerada de ontem", afirmou à Reuters a analista da consultoria 4Cast, Pedro Tuesta. "O Brasil vai desacelerar de qualquer jeito e não tem ninguém dizendo que a economia brasileira vai melhorar. Então, a questão é: por que o real deveria subir?"

Analistas e operadores do mercado financeiro vinham sustentando que o dólar estava numa tendência de alta no Brasil, podendo testar limites mais próximos de R$ 2,30. Mas com a queda de segunda-feira estimulada pelo crescimento da economia da China, apareceram avaliações de que o dólar poderia entrar numa fase de desvalorização no Brasil.

Também contribuía para a alta no mercado à vista o movimento do dólar no mercado futuro. O contrato com vencimento em agosto estava em alta de quase 1,50%, para R$ 2,261.

No exterior, a moeda dos EUA se desvalorizou pela expectativa de que o chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, vai reiterar, em audiência no Congresso norte-americano na quarta-feira, que a política monetária na maior economia do mundo continuará expansionista por mais tempo.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Bovespa abre semana em alta de 2,65% com Usiminas e grupo EBX

Em dia de vencimento de opções sobre ações, mercado esteve otimista no setor de siderurgia e sentiu a recuperação das empresas de Eike Batista...
Nayara Figueiredo
Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/ABr
O Ibovespa registrou avanço de 2,65%, aos 46.768 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,494 bilhões. Na máxima do intraday, o índice atingiu ganhos de 2,87%.
O Ibovespa registrou avanço de 2,65%, aos 46.768 pontos.
O giro financeiro foi de R$ 7,494 bilhões. Na máxima do intraday, o
índice atingiu ganhos de 2,87%.

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) encerrou a primeira sessão da semana no campo positivo. Nesta segunda-feira (15), dia de vencimento de opções sobre ações, o mercado foi alavancado pela recuperação do grupo EBX, após as perdas da última sexta-feira (12), e pelo bom desempenho da Usiminas.

O Ibovespa registrou avanço de 2,65%, aos 46.768 pontos. O giro financeiro foi de R$ 7,494 bilhões. Na máxima do intraday, o índice atingiu ganhos de 2,87%.

Mais informações em breve.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

OGX tem novo tombo e Bovespa registra 4ª queda seguida

Ações da OGX caíram mais de 13% e voltaram a liderar baixas do dia.
Ibovespa recuou 0,41%, aos 45.044 pontos.

Do G1, em São Paulo
O principal índice acionário da Bovespa fechou em queda pelo 4º pregão consecutivo nesta quarta-feira (3), mais uma vez pressionado pelo tombo da petrolífera OGX, em dia marcado também por preocupações com o cenário doméstico e tensões políticas no exterior.
Após um pregão volátil, o Ibovespa reduziu as perdas nos ajustes de fechamento, encerrando em baixa de 0,41%, a 45.044 pontos, numa sessão volátil, após ter derretido 4,24% na véspera. O giro financeiro do pregão foi de R$ 7,99 bilhões. Veja cotação

O movimento nos ajustes refletiu o comportamento das ações da Vale , que diminuíram as perdas para 0,38%, após a mineradora anunciar que conseguiu licença de instalação do projeto Serra Sul, o maior empreendimento de sua história.
Com o resultado desta quarta-feira, o Ibovespa acumula queda de 5,4% nas últimas quatro sessões.
"O sentimento de aversão a risco continua forte no mercado", disse à Reuters o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora em Curitiba.
Após chegar a ensaiar uma recuperação no início da tarde, o mercado brasileiro voltou a piorar após o fechamento antecipado de Wall Street, às 14h (horário de Brasília), em preparação para o feriado do Dia da Indepência nos Estados Unidos na quinta-feira.
A ausência de investidores estrangeiros contribuía para reduzir a liquidez do pregão na Bovespa nesta tarde, segundo operadores. As preocupações com a instabilidade política no Egito e as tensões em Portugal adicionavam um estresse adicional aos mercados.
A ação da OGX, do grupo EBX, de Eike Batista, mais uma vez era o destaque de queda do índice, afundando mais de 13%. O papel chegou a cair 20% no dia e mo fechamento do pregão registrava recuou de 15%, segundo os dados preliminares.
"A crise do grupo EBX é um fator que puxa o mercado para baixo, é um componente forte, mas não é só isso. Existe todo um mau humor do investidor com relação ao Brasil", disse à Reuters o gerente de pesquisas do BB Investimentos, Nathaniel Cezimbra.
Segundo ele, o risco de rebaixamento de rating do Brasil, a perspectiva de crescimento menor com inflação em alta, o recuo da atividade industrial e a recente onda de protestos pelo paíssão fatores que contribuem para minar o apetite de investidores por ações locais.
Nesta sessão, chamava atenção o comportamento atípico das ações da varejista B2W, que disparavam mais de 28%, mais uma vez na contramão do mercado, com operadores citando movimentos de cobertura de posição vendida.


Dólar fecha em alta e vai a R$ 2,26

Moeda fechou a R$ 2,2691, maior valor desde 1º de abril de 2009.
Analistas veem moeda em alta até a metade de 2014.

Do G1, em São Paulo
O dólar voltou a fechar em alta nesta quarta-feira (3), e renovou a cotação máxima quatro anos. A moeda norte-americana terminou o dia vendida a R$ 2,2691, uma valorização de 0,84% frente ao real. É o maior valor de fechamento desde 1º de abril de 2009, quando a moeda encerrou a R$ 2,281.

O Banco Central informou nesta quarta que a retirada de dólares no país no mês de junho superou o ingresso de moeda estrangeira em US$ 2,6 bilhões. Foi  maior retirada líquida de moeda estrangeira da economia desde dezembro do ano passado, quando US$ 6,7 bilhões deixaram o Brasil.
Segundo pesquisa da Reuters, a alta do dólar ante o real não será revertida no próximo ano e pode acelerar ainda mais com a redução do estímulo à economia dos Estados Unidos. Economistas em todo o mundo, muitos pegos de surpresa com a subida de mais de 10% do dólar em dois meses, revisaram suas estimativas de forma abrupta pelo segundo mês seguido e agora veem a moeda em torno das máximas em 4 anos até a metade de 2014, pelo menos.
A alta é uma das provas mais claras da desilusão dos investidores com o Brasil após mais de dois anos de frustração com o crescimento da economia. O Banco Central vem intervindo frequentemente, colocando o equivalente a mais de US$ 15 bilhões em swaps cambiais nas últimas semanas, mas tudo o que conseguiu até agora foi evitar uma disparada, e não reverter as expectativas.
A mediana das projeções dos 30 analistas consultados pela Reuters coloca o dólar a R$ 2,225 ao final de 12 meses, ante R$ 2,10 na pesquisa do mês passado e perto do fechamento de terça-feira, a R$ 2,25.
"Durante anos, as economias emergentes subiram junto com a maré dos preços de commodities, da disparada da economia chinesa e da abundância de liquidez nos bancos centrais de economias avançadas", afirmou à Reuters Marcelo Carvalho, chefe de pesquisa do BNP Paribas para América Latina, que vê o dólar a R$ 2,45 até o fim do ano – projeção mais alta entre as 30 obtidas.
"O que a gente vê agora é a formação de uma tempestade perfeita para mercados emergentes em um horizonte não muito distante, com a queda das commodities, a China piorando e o Federal Reserve reduzindo o estímulo."
A alta complicou os esforços do Banco Central para controlar a inflação e atingiu várias companhias locais como a Petrobras , que aproveitaram os juros baixos no exterior nos últimos anos para se endividar em moeda estrangeira.
Ao mesmo tempo em que os investidores no Brasil foram perdendo a esperança em uma recuperação sólida da economia, o governo de Dilma Rousseff passou a enfrentar os maiores protestos de rua em décadas. A reeleição no ano que vem tem ficado cada vez mais complicada e a aprovação ao governo, que até pouco tempo estava em torno de recordes históricos, despencou no maior ritmo desde a época do ex-presidente Fernando Collor.
A desconfiança do mercado deixa o Brasil ainda mais vulnerável à retirada das políticas de estímulo econômico nos Estados Unidos, que durante anos alimentaram a queda do dólar.
"Tanto o mercado de trabalho quando o imobiliário (dos Estados Unidos) estão em uma trajetória sustentada de recuperação", disse Mario Mesquita, sócio do banco Brasil Plural e diretor do Banco Central até 2010. "O aperto monetário por lá pode acontecer mais rápido do que se espera."
O Fed deve começar a reduzir as compras mensais de títulos e ativos em setembro ou no quarto trimestre, de acordo com a maioria dos estrategistas de câmbio, economistas e investidores de renda fixa ouvidos pela Reuters nas últimas semanas.
O BC brasileiro admitiu os riscos criados pela maior volatilidade no mercado internacional, mas ainda tem uma perspectiva mais otimista para o fim do ano R$ 2,10, ante R$ 2,20 na pesquisa Reuters. Se o cenário de mercado se provar correto, o BC pode ter que subir os juros mais do que se espera.


terça-feira, 2 de julho de 2013

Dólar sobe 0,85% por exterior, dado industrial e Bolsa

Fonte:MSN
A busca por segurança em dólar caracterizou o mercado de câmbio brasileiro nesta terça-feira, 2. A divisa norte-americana foi influenciada pelo exterior negativo, pela fuga de investidores da Bovespa e pelos dados decepcionantes da produção industrial no País em maio. Ainda assim, o Banco Central (BC) manteve-se fora dos negócios. O dólar à vista negociado no balcão fechou em alta de 0,85%, cotado a R$ 2,2490. Trata-se do maior patamar desde o último dia 20. No ano, a moeda norte-americana acumula alta de 9,98%.
Em alta ao longo do dia, na cotação mínima, registrada na abertura, o dólar valeu R$ 2,2360 (+0,27%) e, na máxima, às 15h12, atingiu R$ 2,2540 (+1,08%). Perto das 16h30, a clearing de câmbio da BM&F registrava giro financeiro de US$ 2,005 bilhões. No mercado futuro, o dólar para agosto era cotado a R$ 2,2630, em alta de 0,87%.
Pela manhã, o dólar avançava ante boa parte das divisas com elevada correlação com commodities, em meio a especulações sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) iniciará o processo de redução de estímulos à economia do país.
No Brasil, a valorização do dólar também foi favorecida pelos dados de produção industrial divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, a produção industrial caiu 2% ante abril, na série com ajuste sazonal. O resultado veio abaixo do piso das estimativas, que iam de -1,70% a zero. Em relação a maio de 2012, a produção industrial subiu 1,4%. A retração da indústria foi generalizada, atingindo 20 dos 27 ramos pesquisados.
À tarde, o cenário externo voltou a pesar. A expectativa antes da divulgação do relatório de empregos nos EUA (payroll), na sexta-feira, 5, direcionou a procura por segurança. Além disso, o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, afirmou que o banco central norte-americano ainda não está pronto para apertar a política monetária. Mas, segundo ele, provavelmente o Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) começará a reduzir o programa de compra de bônus mais tarde neste ano, embora esse movimento não deva ser interpretado como sinal de planos para uma elevação das taxas de juros de curto prazo.
"No exterior, o mercado piorou um pouco mais, a gente viu o euro ''furando'' a casa de US$ 1,30 e as moedas commodities também pioraram (em relação ao dólar)", comentou um profissional da mesa de câmbio de um grande banco. "E nossa Bolsa também registra uma das maiores quedas dos últimos tempos, o que faz os investidores saírem das ações e buscarem o dólar", acrescentou. A situação da petrolífera OGX, a produção industrial fraca e a inflação foram alguns dos fatores que motivaram, durante a tarde, a forte baixa da Bovespa.

terça-feira, 25 de junho de 2013

MMX sobre cerca de 15% e Bovespa fecha em alta

Ibovespa subiu 2,02%, para 46.893 pontos.
Ações subiram com notícias de que há interessados na mineradora de Eike.

Da Reuters
A Bovespa fechou em alta nesta terça-feira (25), após as fortes perdas recentes, ajudada por comentários de autoridades dos bancos centrais que aliviaram preocupações sobre aperto de crédito na China e rápida interrupção de medidas de estímulo monetário.

O Ibovespa subiu 2,02%, para 46.893 pontos.
Na semana, as ações têm queda de 0,35% e no mês, de 12,36%. No ano, a desvalorização é de 23,07%.
A MMX liderou os ganhos do Ibovespa, subindo cerca de 15% após a imprensa brasileira noticiar que a mineradora suíça Glencore Xstrata, o banco BTG Pactual e a holandesa Trafigura estão interessados em ativos da mineradora de Eike Batista.
Recuperação técnica
"Estamos vendo uma recuperação técnica, já que os temores das pessoas sobre liquidez reduzida nos Estados Unidos e na China acalmaram um pouco", disse o economista Rafael Morsch, da Zenith Asset Management. "Mas não acho que será uma recuperação sustentada para a Bovespa. A bolsa tem muito espaço para cair ainda mais porque nós ainda temos grandes problemas (macroeconômicos) no Brasil e muitas companhias vão sofrer", acrescentou.
A melhora de humor de investidores ganhou força depois que o Banco Popular da China informou que ajudará com dinheiro qualquer banco que enfrentar escassez temporária, e já deu crédito a algumas instituições.
Mais cedo, o vice-presidente da divisão de Xangai do BC chinês, Tao Ling, disse que a instituição irá "estabilizar as expectativas do mercado e orientar as taxas de juro de mercado para níveis razoáveis".
"A grande preocupação é com o crescimento da economia chinesa e se eles terão um aperto monetário por lá ou não. Esses comentários hoje trouxeram alívio, sinalizam que eles não terão movimentos muito bruscos por lá", disse o analista Felipe Rocha, da Omar Camargo Corretora.
Além disso, duas autoridades do Federal Reserve, banco central dos EUA, minimizaram na véspera a percepção de um fim iminente do estímulo monetário no país.
Ações
A petrolífera OGX e a empresa de logística LLX, também do grupo de Eike, ficaram no campo positivo.
Em sentido oposto, os bancos Bradesco e Santander Brasil caíram na sessão e estavam entre as principais influências negativas para o Ibovespa.