Alta acompanha recuperação no mercado externo e tensão no Congresso.
Moeda renovou máxima em quase 12 anos após declaração de Dilma.
Do G1, em São Paulo
O dólar opera em forte alta nesta quinta-feira (19), após ter batido a barreira de R$ 3,30 mais cedo. A cotação anulou a queda dos últimos três dias, acompanhando a recuperação no exterior e refletindo as renovadas preocupações com a crise local na base governista, com o novo ingrediente da saída de Cid Gomes do Ministério da Educação.
Por volta das 15h30, a moeda norte-americana avançava 2,67%, a R$ 3,30 na venda, renovando as máximas em quase 12 anos, após a presidente Dilma Rousseff negar que fará uma reforma ministerial. O mercado reage ao tom de cautela adotado pelo Federal Reserve em seu comunicado de política monetária. Veja cotação.
"O rali de moedas emergentes após a conclusão da reunião do Fed de ontem se provou pouco duradouro", escreveram analistas da Capital Economics em nota a clientes.
Nesta manhã, o euro caía quase 2% contra o dólar nesta sessão, após mostrar na véspera o maior avanço desde março de 2009. O movimento da sessão passada aconteceu após o Fed reduzir suas projeções de crescimento, inflação e juros, alimentando apostas de que os juros norte-americanos continuarão quase zerados até o segundo semestre.
No quadro interno, os atritos entre o governo e seus aliados no Congresso continuavam deixando INVESTIDORES

Na véspera, Cid Gomes pediu demissão do cargo de ministro da Educação depois de uma sessão tumultuada na Câmara dos Deputados, para evitar que a já complicada relação do governo com a base aliada se tornasse ainda pior.
"O custo político de fazer o ajuste está cada vez mais alto e o mercado não gosta disso", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Nesta manhã, a autoridade monetária deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a 97,4 milhões de dólares. Foram vendidos 250 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.750 para 1º de março de 2016.
"O custo político de fazer o ajuste está cada vez mais alto e o mercado não gosta disso", disse o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.
Nesta manhã, a autoridade monetária deu continuidade às rações diárias vendendo a oferta total de até 2 mil swaps cambiais, que equivalem a 97,4 milhões de dólares. Foram vendidos 250 contratos para 1º de dezembro de 2015 e 1.750 para 1º de março de 2016.
O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de abril, que equivalem a 9,964 bilhões de dólares, com oferta de até 7,4 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária rolou cerca de 46% do lote total.
Na quarta-feira (18), a moeda norte-americana caiu pelo 3º dia consecutivo e terminou o pregão negociada a R$ 3,2141, em baixa de 0,52%. Na máxima da sessão, a divisa subiu 1,54%, a R$ 3,2809.