sexta-feira, 21 de junho de 2013

Com indicadores negativos no Brasil, Bovespa cai 2,4%

Diário do Sudoeste FolhaPress
SÃO PAULO, SP, 21 de junho (Folhapress) - O principal índice de ações da Bolsa brasileira, o Ibovespa, fechou hoje em queda de 2,4%, aos 47.056 pontos, com os investidores ainda receosos em relação aos estímulos econômicos nos EUA e ponderando indicadores negativos no Brasil. Na semana, o Ibovespa caiu 4,6%.
"O dia hoje foi de ajuste natural à alta que o Ibovespa teve ontem, enquanto todas as Bolsas mundiais caíram forte", avalia Pedro Galdi, analista da SLW Corretora.
A aversão ao risco impulsionou a procura por investimentos mais seguros, como o dólar, que acumulou alta de 5,7% na semana.
Os investidores continuaram reagindo ao plano do banco central dos EUA, que pode começar ainda neste ano a diminuir o ritmo do programa de compras mensais de títulos públicos, adotado em 2009 para ajudar a economia do país a se recuperar.
Segundo o BC americano, os riscos para o crescimento do país já diminuiram, e o programa de estímulo deve ser encerrado até a metade de 2014.
A medida, de acordo com especialistas, deve enxugar o volume de dólares no mundo, prejudicando os mercados globais, especialmente os emergentes, como o Brasil, que já sofrem com a escassez da moeda americana.
Por aqui, o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15), prévia da inflação oficial, teve alta de 0,38% em junho, desaceleração ante o resultado de maio (0,46%), informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Nos últimos 12 meses, porém, o índice acelerou e acumula alta de 6,67%, contra 6,46% em maio. O resultado é superior ao teto da meta de inflação do Banco Central, baseado no IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), de 6,5% para o ano.
O mercado também recebeu negativamente a notícia de que o país criou 72 mil novos empregos formais durante o mês de maio, o pior resultado para o mês em pelo menos dez anos.
Ações
As ações da Copel lideraram as perdas do Ibovespa no dia, com desvalorização de 16,66%, para R$ 26,21. Ontem, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) autorizou a aplicação de um aumento médio de 14,61% nas tarifas da distribuidora paranaense de energia, a ser aplicado a partir do dia 24 deste mês.
Após a decisão da Aneel, o governador do Paraná, Beto Richa, disse que pedirá à distribuidora para "segurar" a aplicação de aumento nas tarifas. Representantes da empresa se encontrarão com o governador na próxima segunda-feira (24) para discutir o assunto.
O aumento foi influenciado, principalmente, pela alta do custo da energia elétrica comprada pela empresa. Somente esse item teve um impacto de oito pontos porcentuais no reajuste, explicou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino.

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